terça-feira, 19 de setembro de 2017

PESIDENTE TEMER NA MIRA DA JUSTIÇA


Por: Roberto Avelar
O Supremo Tribunal Federal (STF) não vai barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, como quer a defesa. Amanhã (quarta-feira) os ministros devem autorizar o envio do documento para a Câmara dos Deputados, como prevê a Constituição. Se dois terços dos deputados concordarem, na votação, o caso retorna à Corte para julgamento. De acordo com a avaliação feita pela maioria dos ministros, nessa primeira fase, o Supremo tem o dever de encaminhar, automaticamente, o caso à Câmara, sem fazer juízo de valor sobre a denúncia ou as provas nas quais o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se baseou. Pelo menos não neste momento.
O relator do processo, ministro Edson Fachin, preferiu levar a questão de ordem apresentada pela defesa para o plenário do Supremo, em vez de decidir sozinho. Em junho, quando pela primeira vez, Temer foi denunciado, por corrupção passiva, Edson Fachin encaminhou o caso para a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que enviou para o Congresso Nacional. Tudo aconteceu em poucos dias.
Agora, a segunda denúncia chegou ao STF na quinta-feira, mas Fachin preferiu que o plenário primeiro julgasse o pedido da defesa, essa foi uma estratégia para não dar margem a qualquer pedido de nulidade futura. E, também, por cortesia aos colegas.
O futuro das provas da JBS
Percebe-se que o governo já se movimenta na tentativa de barrar, na Câmara, a segunda denúncia apresentada contra Temer, por obstrução da justiça e participação em organização criminosa. A primeira denúncia, foi por corrupção passiva, sendo apresentada por Janot ao STF em junho. Por maioria, os deputados decidiram enterrar o caso. O inquérito continua aberto no tribunal, mas as investigações só poderão ser retomadas depois que ele deixar o cargo.
Caso a Câmara venha autorizar as investigações, a denúncia será devolvida ao STF — que, somente então, vai analisar o mérito das provas apresentadas por Janot contra o presidente Temer.
Uma avaliação de ao menos dois ministros e de juízes auxiliares da Corte é crítica. Ouvidos pelo Jornal O GLOBO, eles consideram que a peça é confusa e se mistura, em uma mesma “salada”, a suposta organização “criminosa” do PMDB da Câmara com a atuação dos executivos da JBS — que, na avaliação deles, deveriam ser separadas em duas investigações diferentes.
Na avaliação de um ministro, foi apressada a forma como o procurador-geral agiu nas últimas denúncias que enviou ao STF, já ao fim do mandato, com o intuito de limpar sua gaveta e não deixar os principais casos com pendências para sua sucessora, Raquel Dodge, que tomou posse ontem. Na PGR, Dodge e Janot pertencem a grupos diferentes.
Segundo alguns dos Ministros do tribunal, Janot deveria ter esperado primeiro a conclusão das investigações sobre os áudios para depois denunciar Temer. Na visão de integrantes da Corte, tomar essa atitude sem que os áudios estivessem devidamente esclarecidos deixou a situação mais confusa. Mas, se Janot esperasse a conclusão das investigações o então procurador-geral não teria tempo para apresentar a denúncia.
Afirmativas foram feitos nos bastidores, por alguns ministros que as provas poderiam ser usadas nas investigações — no entanto, com o acordo de delação rescindido, as provas já não teriam mais tanta força. Há também a possibilidade de pedido de vista no julgamento de amanhã. O que para Fachim não é problema caso isso aconteça, já que ele não depende necessariamente da decisão do plenário para enviar a denúncia para a Câmara.
A nós resta esperar o que vai acontecer...


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

VITÓRIA DA TOLERÂNCIA EM SP




Prezado leitor do JORNAL GAZZETTA CULTURAL,

Nesta semana houve uma vitória simbólica muito importante na Change.org — e achamos que você vai ficar feliz em saber alguns detalhes de bastidores.
Em 2011, a escola infantil EMEI Guia Lopes, na zona norte de São Paulo, foi vítima de ataques racistas. O muro foi pichado: "Vamos cuidar do futuro das nossas crianças brancas". Mais direto impossível. A partir de então, a diretora Cibele Racy abraçou a luta contra o preconceito e direcionou o projeto pedagógico da escola para os direitos humanos e a tolerância.
Pichação
A principal inspiração do trabalho de Cibele e do corpo docente da escola foi a atuação do líder sul-africano Nelson Mandela (Madiba). Em 2015, surgiu uma ideia: por que não re-batizar a escola? Decidiram fazer um abaixo-assinado na Change.org, pedindo para a Prefeitura de São Paulo mudar o nome da escola, para EMEI Nelson Mandela.
Veja a petição
Cibele se empenhou na divulgação e a petição logo ganhou apoios e cresceu. Quase 20 mil pessoas assinaram e a história ganhou relevância: foi destacado em diversos veículos, EstadãoG1ÉpocaUOLJovem Pan. Mais do que pressão, a diretora Cibele sentiu que devia chamar mais atenção. Durante um evento, foi até a Prefeitura e entregou o abaixo-assinado direto nas mãos do prefeito Fernando Haddad, do então secretário Eduardo Suplicy e do presidente da Câmara dos Vereadores, João Donato.
Haddad recebe Cibele
Deu certo. A proposta do abaixo-assinado virou projeto de lei, foi a plenário e, na semana passada, saiu no Diário Oficial: a EMEI Guia Lopes mudou oficialmente de nome para EMEI Nelson Mandela. A escola está em festa!
Compartilhe
Veja o poder de um abaixo-assinado! Mais do que se orgulhar, pergunte-se: que mudança concreta você poderia pedir para combater o racismo?
Pense e faça um abaixo-assinado. Você já viu que funciona. :)
Obrigado por se importar,



domingo, 17 de setembro de 2017

TAI CHI:

UMA ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL À SAÚDE

"O dicionário Merriam-Webster define biopsicossocial (BPS) como aquilo que está relacionado com os aspectos biológicos, psicológicos e sociais da saúde, em contraste com os aspectos estritamente biomédicos de uma doença. A teoria foi desenvolvida por George L. Engel (1913-1999) e John Romano (1904-1994) durante décadas, e publicada primeiramente por George Engel em 1977. Enquanto que o modelo biomédico tradicional foca na fisiopatologia e outras abordagens biológicas da doença, a abordagem biopsicossocial enfatiza a importância de entendermos a saúde humana e a doença sob outros aspectos, como fatores biológicos, psicológicos e sociais, e suas interações complexas.

Tai Chi (Taiji) é uma antiga arte curativa Chinesa e também uma arte marcial. Suas raízes filosóficas têm origem no Livro das Mutações (I Ching ou Yi Jing). Ela foi desenvolvida baseada na Medicina Tradicional Chinesa, especialmente nosistema dos meridianos. No livro 'Guia de Tai Chi da Faculdade de Medicina de Harvard' (pulicado recentemente em português pela Ed. Pansamento), o professor Peter Wayne, discute os benefícios do Tai Chi para o coração, os pulmões, os ossos, os músculos, o sistema nervoso, o sistema imunológico e a mente, sob a perspectiva dos fundamentos do Tai Chi, da teoria da Medicina Tradicional Chinesa, e sob a lógica de Medicina ocidental. Ele cita, inclusive, estudos biomédicos conduzidos por institutos de pesquisa por todo o mundo, como evidências de suas colocações.

Existem muitos estilos e formas de Tai Chi. Algumas são longas e complicadas, outras são curtas e simplificadas. De acordo com o Dr. Wayne, todas elas podem trazer benefícios para a saúde, desde que elas tenham oito ingredientes ativos:
  1. Percepção - incluindo a plena consciência e atenção focada. A chave de tudo está nos movimentos lentos e deliberados, e na atenção ao alinhamento do corpo, às sensações e à respiração.
  2. Intenção - ou Yi em Chinês, incluindo convicção e expectativa. A visualização ou imagens desempenham um papel importante em produzir os efeitos terapêuticos e psicológicos.
  3. Integração Estrutural - incluindo a forma dinâmica, e função. Uma maior integração interna e entre os vários sistemas estruturais e fisiológicos é essencial.
  4. Relaxamento ativo – os movimentos fluidos do Tai Chi ajudam a conduzir o corpo e a mente para um estado profundo de relaxamento. Tem sido descrito como meditação em movimento.
  5. Força e Flexibilidade – no Tai Chi, a transferência lenta do peso de uma perna para outra, as bases com as pernas flexionadas, e os alongamentos dinâmicos podem ajudar a construir força, estabilidade e flexibilidade.
  6. Respiração Fluida e Natural – a respiração do Tai Chi ajuda a regular o sistema nervoso, melhora o humor, movimenta e equilibra o Qi (energia vital).
  7. Apoio Social – a interação com professores e outros colegas de turma também é um importante fator terapêutico.
  8. Espiritualidade Embutida – incluir a filosofia e os rituais. Dr. Wayne acredita que o Tai Chi cria uma estrutura prática, ao trazer para o dia-a-dia um modo de vida holístico, com base na filosofia oriental, que integra corpo, mente e espírito.
Dr. Peter Wayne
Além de ser influenciado pelo 'Livro das Mutações', o Tai Chi herdou perspectivas filosóficas do Confucionismo, do Budismo, e do Taoísmo. Para muitos, o Tai Chi não é apenas uma arte curativa, ou uma arte marcial; é também uma forma de cultivar um sistema de valores, e de desenvolver uma atitude mais positiva em relação à natureza, aos relacionamentos e à vida diária de forma geral.

O livro 'Tai Chi in Your Life' de Dale Napier apresenta vários exemplos de como os princípios do Tai Chi podem ser aplicados às suas tarefas diárias. O Dr. Wayne também ensina como integrar o Tai Chi na rotina diária em seu livro. Ele apresenta, ainda, o 'Tai Chi para Dois', como uma forma de usar o Tai Chi nos treinos para o aperfeiçoamento de outros esportes (como por exemplo, Tênis, Golf, e Esqui); e no mundo dos negócios como um programa de bem-estar corporativo eficaz, melhorando a criatividade e o aprendizado ao longo da vida.

Portanto, uma vez que o Tai Chi atende a múltiplos aspectos da saúde, Dr. Wayne considera sim o Tai Chi uma abordagem biopsicossocial relevante para o tratamento e prevenção de doenças."

Assista abaixo ao vídeo em que o Dr. Wayne apresenta as conclusões de seus estudos sobre o Tai Chi (em inglês).

Por Violet Li, publicado no site St. Louis Taichi Examiner
Tradução: Soraya Lacerda
Foto e Vídeo: Do artigo original
Outros artigos de Violet traduzidos para o TAOLU, aqui.


sábado, 16 de setembro de 2017

06 ANOS SEM REDSON POZZI, DA BANDA CÓLERA

Por: Roberto Avelar

No próximo dia 27/09/2017 completam 06 Anos sem Redson Pozzi, vocalista, guitarrista e mentor da banda Cólera.

Eu considero este ser como um verdadeiro profeta da humanidade, assim como o Gentileza, dentre outros...

Redson, você é inesquecível; pena que o Brasil não valoriza pessoas como você, muito pelo contrário, o Brasil renega pessoas que levam as massas a pensarem, questionarem e refletirem contra o sistema.