As centrais sindicais brasileira estão
unidas para a organização de uma greve geral da classe trabalhadora,
contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a terceirização
propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
Todas as categorias profissionais são
chamadas a parar no dia 28 de abril. A Federação Nacional dos
Jornalistas (FENAJ) orienta seus Sindicatos a mobilizarem suas bases
para que os jornalistas também participem da paralisação. “A greve será
decisiva para mostrarmos que não admitimos o retrocesso histórico que
está sendo proposto pelo governo golpista”, afirma a presidenta da FENAJ
Maria José Braga.
Os jornalistas – e também os radialistas
– da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) já aprovaram, em assembleia
realizada dia 31 de março, o estado de greve, com indicativo de
paralisação, no próximo dia 28. Participaram da assembleia trabalhadores
e trabalhadoras das quatro praças da EBC: Brasília, Rio de Janeiro, São
Paulo e Maranhão.
Na assembleia, os jornalistas e radialistas aprovaram, ainda, uma Carta Aberta denunciando
a censura interna que atinge os veículos da EBC, numa prática
envolvendo assédio aos trabalhadores, proibição do uso de imagens e até
demissões.
A decisão das centrais sindicais pela
construção da greve geral no dia 28 de abril foi tomada após análise da
conjuntura, que aponta uma profunda recessão econômica e o maior ataque
aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais da história
brasileira.
A classe trabalhadora sairá novamente às
ruas – como fez em 8, 15 e 31 de março – para denunciar e repudiar a
reforma trabalhista, que rasga a CLT, e a reforma da Previdência, que
praticamente retira do trabalhador e da trabalhadora o direito à
aposentadoria.
O povo na rua também vai repudiar a
aprovação do PL 4302, que permite a terceirização na atividade-fim,
precarizando as relações de trabalho e ameaçando direitos básicos, como
férias, décimo terceiro, jornada de trabalho, descanso remunerado, horas
extras e outros direitos trabalhistas consagrados na CLT.
A categoria dos jornalistas já sofre com
fraudes nas relações de trabalho e será uma das mais vitimadas com a
terceirização sem limites.
Com informações da CUT e do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
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